Cerca de 70% dos colégios particulares do Estado de São Paulo estão adotando medidas mais restritivas para o uso de celulares no ambiente escolar. Essa decisão é motivada por preocupações com o acesso a conteúdos impróprios e os efeitos negativos que o uso constante dos dispositivos pode ter no desenvolvimento dos estudantes. A informação foi revelada em uma pesquisa realizada pela empresa Meira Fernandes, especializada em gestão e soluções para o setor educacional.
O aumento nas restrições é visto como uma forma de promover um ambiente de aprendizado mais focado e saudável. Segundo especialistas, a presença dos celulares nas escolas tem afetado aspectos importantes do processo cognitivo dos alunos. A psicóloga Camila Romano explica que o uso excessivo de celulares pode reduzir a capacidade de raciocínio e a habilidade de desenvolver o pensamento lógico, além de prejudicar a faculdade de fazer observações críticas e diminuir os níveis de concentração.
Para Camila, o uso inadequado dos dispositivos digitais desvia a atenção dos alunos e prejudica o rendimento escolar. “Quando os estudantes têm acesso irrestrito aos celulares, acabam se distraindo com conteúdos não relacionados à aula, o que afeta diretamente a qualidade do aprendizado”, alerta a psicóloga.
A pesquisa da Meira Fernandes aponta que as escolas planejam implementar novas políticas de restrição de forma gradual, buscando o equilíbrio entre a tecnologia e o ensino de qualidade. Essas ações incluem restrições mais rígidas ao uso do celular em sala de aula e em atividades pedagógicas, enquanto orientam alunos e familiares sobre os efeitos negativos do uso excessivo da tecnologia.
A expectativa é que as mudanças promovam um ambiente mais focado e aumentem a capacidade de atenção dos alunos, ajudando-os a desenvolver habilidades importantes para o desempenho acadêmico e para a vida em sociedade.
